Mark Zuckerberg cita “superinteligência pessoal” como futuro: o plano é integrar ia à rotina de cada indivíduo

Em carta aberta publicada no fim de julho, Mark Zuckerberg compartilhou sua visão sobre o futuro da inteligência artificial e o papel que ela pode ter na vida cotidiana das pessoas. O CEO da Meta defende a ideia de uma “superinteligência pessoal”, ou seja, um tipo de IA que não apenas executa tarefas, mas entende profundamente as necessidades e desejos de cada usuário, acompanhando sua rotina de maneira integrada. Para ele, isso pode marcar o início de uma nova fase de empoderamento individual, na qual a tecnologia atua como aliada para atingir objetivos pessoais e explorar o próprio potencial.

Zuckerberg projeta um cenário no qual dispositivos como óculos inteligentes terão papel central, por conseguirem captar informações visuais e sonoras do ambiente e interagir com o usuário ao longo do dia. Com isso, a superinteligência pessoal seria capaz de oferecer orientações, sugestões e até auxílio emocional em tempo real, moldando-se ao estilo de vida de cada um. Essa abordagem difere da visão de outras empresas de tecnologia, que enxergam a IA como ferramenta para automatizar processos e substituir trabalhos humanos. A Meta, por outro lado, afirma estar focada em fortalecer a autonomia do indivíduo por meio da IA.

A proposta é ambiciosa e levanta uma série de questões práticas e éticas, inclusive reconhecidas pelo próprio executivo. Zuckerberg admite que a implementação dessa tecnologia pode trazer novos riscos de segurança, especialmente no que diz respeito à privacidade e ao uso de dados pessoais. Ele também afirma que será necessário cautela na hora de decidir o que será aberto ao público como código livre. Apesar disso, reforça que os benefícios devem ser amplamente distribuídos, com acesso facilitado para bilhões de pessoas por meio dos produtos da Meta.O discurso da superinteligência pessoal se apoia em uma visão otimista da história: segundo Zuckerberg, os avanços tecnológicos sempre permitiram que as pessoas deixassem para trás tarefas de sobrevivência para investir tempo em criatividade, ciência, cultura e bem-estar. Agora, o desafio está em garantir que essa nova fase da IA siga pelo mesmo caminho, ampliando as possibilidades humanas sem comprometer valores fundamentais como liberdade, equidade e segurança.