O mercado de bem-estar está passando por uma transformação com a inclusão da menopausa como tema central em experiências personalizadas oferecidas por spas e resorts de luxo ao redor do mundo. Locais como o Kamalaya Wellness Sanctuary, na Tailândia, e o Sha Wellness Clinic, na Espanha, estão desenvolvendo programas específicos que combinam terapias ocidentais e orientais para aliviar sintomas como insônia, ondas de calor e mudanças de humor. Essa mudança não é apenas uma tendência de luxo: ela reflete um reconhecimento crescente de que mulheres nessa fase da vida desejam — e merecem — atenção especializada.
Segundo a North American Menopause Society, cerca de 1,2 bilhão de mulheres em todo o mundo estarão em idade de menopausa até 2030. Ao integrar terapias hormonais personalizadas, alimentação funcional e práticas como yoga e meditação, esses programas não apenas aliviam sintomas físicos, mas também oferecem um espaço seguro de troca, aprendizado e autocuidado. Isso cria vínculos entre as participantes e estabelece os hotéis como verdadeiros hubs de bem-estar e pertencimento — muito além da simples hospedagem.
Do ponto de vista de marketing, essa abordagem tem um impacto estratégico poderoso: ao entender profundamente uma necessidade real, essas marcas deixam de vender apenas serviços e passam a criar comunidades de clientes fiéis. Em vez de campanhas genéricas, os estabelecimentos apostam em narrativas focadas em acolhimento e transformação, que são naturalmente compartilhadas pelas próprias hóspedes. Essa conexão emocional é a base para a construção de marcas memoráveis no setor de turismo e bem-estar.
Mais do que seguir uma tendência, hotéis e spas que investem em experiências voltadas para a menopausa estão respondendo a uma demanda concreta e crescente por representatividade e cuidado. Ao transformar um tema antes cercado de estigma em algo celebrado e acolhido, essas marcas se posicionam de forma inovadora — e humanizada — em um mercado que valoriza cada vez mais propósito, empatia e comunidade.