Saiba tudo que mudou no novo GA4

Nova versão do Google Analytics coloca um fim no GA Universal e deve provocar modificações na forma de produção dos relatórios. Entenda!

Se você usa a análise de dados no seu dia a dia, já deve ter visto por aí que o Google Analytics reformulou toda a sua plataforma de relatórios, a Universal Analytics, que agora passa a se chamar GA4. Essa mudança vem acontecendo de forma gradual desde 2019, quando a notícia foi anunciada, e foi finalizada no dia 1º de julho.

Com as modificações, a promessa é conseguir informações mais precisas sobre os acessos às páginas de web e aplicativos mobile. Além disso, a ferramenta usa machine learning para produzir relatórios mais avançados e aprofundados, o que permite fazer uma análise preditiva mais eficaz.

Outra mudança significativa foi com relação ao controle de privacidade dos usuários, o que deve facilitar o cumprimento das regras da LGPD por parte das empresas.

Quer ficar  por dentro de todas as mudanças do GA4? Então continue lendo que a gente explica tudo que você precisa saber!

Conhecendo o Google Analytics

O Google Analytics é uma ferramenta de análise de dados gratuita que funciona através de um código de acompanhamento que é instalado nos sites.

Esse código permite a coleta de dados relevantes para a estratégia de marketing das empresas, pois permite que elas tomem decisões baseadas no comportamento dos usuários.

A plataforma também possui uma versão paga chamada Google Analytics 360°, que possui recursos mais avançados destinados a empresas de grande porte.

O GA foi lançado em 2005 e, desde então, vem passando por mudanças constantes para otimizar sua usabilidade e os resultados oferecidos. Em 2013, a ferramenta foi atualizada para a sua versão mais robusta, chamada de Universal Analytics.

Desde então, ela vem sendo usada como padrão para todas as propriedades do Google Analytics, mas isso mudou agora no dia 1º de julho, com a atualização para o GA4. Quem possui a versão paga da plataforma poderá continuar usando a versão antiga até o dia 1º de outubro de 2023.

Entretanto, é interessante começar a migração agora para ir se acostumando com a interface e as novas funcionalidades, que nós listamos abaixo.

Principais mudanças da nova versão do Google Analytics

Mais controles de privacidade

O GA4 não precisa de cookies para coletar dados, pois a nova versão funciona através do machine learning. Além disso, a ferramenta não armazena mais os endereços de IP dos usuários, o que garante mais privacidade.

A versão atualizada também conta com recursos que auxiliam as empresas no cumprimento das regras determinadas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A partir de agora, é possível obter o consentimento dos usuários assim que eles acessam o site e também oferecer a opção de remover informações pessoais do banco de dados quando solicitado.

Visão 360° do comportamento do usuário

Agora o Google Analytics permite que você tenha uma visão completa da jornada do cliente, independentemente dos canais que ele está utilizando. Isso significa, por exemplo, que é possível acompanhar todo o seu percurso pelo funil de vendas tanto no site quanto no aplicativo.

Assim, é possível ter uma análise multiplataforma mais aprofundada, que contribuirá de forma significativa para o desempenho da sua estratégia de marketing.

Otimização de performance

A nova versão do Google Analytics tem uma integração mais completa com o Google Ads, o que significa que é possível entender o desempenho dos anúncios e fazer as otimizações necessárias para que a campanha entregue os resultados esperados.

Com o GA4, você irá compreender se a sua estratégia de mídia paga está gerando tráfego e conversões, além de entender o caminho que seus clientes fazem até finalizar uma compra. Também é possível identificar em qual ponto do funil de vendas eles abandonam o site, entre outras análises importantes.

Análise preditiva mais eficaz

A inteligência artificial do GA4 permite que a ferramenta utilize o machine learning para modelar dados e fazer análises assertivas sem comprometer a privacidade dos usuários. Além disso, a ferramenta consegue aprender o comportamento dos clientes à medida que eles usam o seu site ou o aplicativo.

Isso faz com que seja possível, por exemplo, prever quando a demanda por um produto está prestes a aumentar antes que ela aumente de fato. Assim, é possível se antecipar e se preparar para atender à procura antes que o item se esgote.

Outro recurso interessante da nova versão é que é possível criar públicos preditivos e exportá-los para as campanhas do Google Ads, aumentando a probabilidade de conversão.

Acompanhamento de eventos em tempo real

O novo modelo de dados do GA4 é baseado nos eventos que o usuário executa no site, como rolagens, cliques, pesquisas e downloads. Esses eventos permitem que você identifique os pontos mais quentes da página, ou seja, os que chamam mais a atenção dos visitantes.

Com isso, é possível otimizar o site e torná-lo ainda mais interessante para os usuários e potenciais clientes.

Novas métricas do Google Analytics 4

Além das novas funcionalidades, a versão mais recente do Google Analytics também traz algumas métricas que são exclusivas da ferramenta. Elas vieram para substituir métricas consideradas desatualizadas, como a taxa de rejeição, que não funcionava como parâmetro em muitos casos, como para os sites one page, por exemplo.

Confira as quatro métricas exclusivas do GA4:

Sessões engajadas

Veio para substituir a taxa de rejeição. Agora, uma sessão engajada é contada sempre que o usuário ficar com o site ou o aplicativo aberto em primeiro plano por um tempo mínimo de 10 segundos. Se ele sair da página antes disso, será contabilizada como uma rejeição.

Vale ressaltar que essa métrica não contabiliza aberturas em segundo plano, ou seja, se o usuário deixar o site aberto em outra aba, mas não estiver de fato usando, a sessão não será contabilizada, pois o GA4 só registra usuários ativos.

Sessões engajadas por usuário

Essa métrica é a média de sessões de cada usuário que acessa o seu site. Ela serve para entender o número de usuários novos e recorrentes que você está atraindo.

Isso permite que você adapte a sua estratégia para oferecer condições especiais de acordo com o perfil do usuário.

Se ele for novo, você pode oferecer um desconto de primeira compra, por exemplo. Já se você tiver mais usuários recorrentes, é interessante considerar um clube de benefícios.

Tempo médio de engajamento

De forma resumida, essa métrica mede o tempo médio que os usuários passam navegando no site ou utilizando o aplicativo. Assim como as sessões engajadas, o tempo médio de engajamento só contabiliza interações em primeiro plano.

Taxa de engajamento

É a porcentagem de sessões que tiveram interações dos usuários. Ela funciona como um complemento para a métrica de sessões engajadas e também como uma substituta da taxa de rejeição, já que, ao analisá-la, também é possível entender quantas pessoas saíram do site ou do aplicativo antes de realizar qualquer tipo de ação.

Vamos fazer a migração?

Já deu para perceber que as mudanças chegaram com tudo, não é? Por isso, é importante começar o processo de migração assim que possível.

Isso porque, além de considerar o período de adaptação da equipe, também é preciso tempo para que o GA4 crie os dados com base no histórico do site ou do aplicativo.

Por ser um sistema que usa machine learning, quanto mais dados passados ele tiver, mais eficazes serão suas análises. Então nada de deixar essa migração para outubro, combinado?

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