A neurociência está revolucionando estratégias de marketing e vendas ao colocar as emoções no centro da experiência do consumidor. Com tecnologias como o EEG (eletroencefalograma), marcas conseguem monitorar reações cerebrais em tempo real, revelando respostas como empolgação, atenção e interesse. Dessa forma, é possível criar experiências personalizadas e que conectam emocionalmente o consumidor do produto final.
Um exemplo é a iniciativa da Audi no Vietnã para o lançamento do modelo Q8 2024. Ao invés de depender apenas de avaliações tradicionais, a marca convidou potenciais compradores para explorar o carro enquanto suas respostas cerebrais eram monitoradas com o uso de headsets.
A partir disso, a Audi identificava se o veículo realmente ressoava com os interesses e preferências do consumidor, invertendo a lógica tradicional de escolha: não era apenas o cliente decidindo pelo carro, mas também o carro “escolhendo” seu dono. A Audi incorporou elementos emocionais à jornada de compra, reconhecendo que um carro não é apenas um bem material, mas também um reflexo de identidade e status social.
Ao utilizar neurotecnologia, a marca foi além da funcionalidade e do preço, focando na conexão autêntica entre o consumidor e o produto, demonstrando como as marcas podem utilizar a ciência para construir lealdade e impulsionar vendas em mercados saturados e competitivos, como o setor de luxo.