Um novo estudo da Lightcast, empresa especializada em análise do mercado de trabalho, revelou que profissionais com habilidades em inteligência artificial têm ganhado até 28% a mais do que seus colegas que não dominam essa tecnologia. A diferença salarial pode chegar a R$ 100 mil por ano, o que coloca a IA como um dos diferenciais mais relevantes na disputa por melhores posições no mercado.
O relatório se baseia na análise de 1,3 bilhão de anúncios de emprego e mostra que o domínio de ferramentas de IA, especialmente as generativas, deixou de ser exclusividade de engenheiros e especialistas em tecnologia. Mais da metade das vagas que mencionam IA estão hoje em setores como marketing, recursos humanos, finanças e até educação. Em marketing e relações públicas, por exemplo, 8% das ofertas de emprego já pedem esse tipo de conhecimento, com foco em áreas como SEO. No RH, o número de vagas com esse requisito aumentou 66%, enquanto no setor financeiro a alta foi de 40%.
O estudo também aponta que o uso de ferramentas de IA cresceu até 800% em algumas áreas desde 2022. Para entender o impacto dessas mudanças, a Lightcast desenvolveu uma matriz que ajuda empresas e profissionais a identificar quais habilidades devem ser priorizadas de acordo com o ritmo de crescimento da demanda, o valor no mercado e o risco de substituição. A principal conclusão é clara: a inteligência artificial está se tornando um componente central em diversas funções profissionais. Apesar das preocupações sobre o risco de a IA eliminar empregos, os dados do relatório revelam uma tendência mais positiva. Os profissionais que sabem usar essas ferramentas estão sendo valorizados e ganhando espaço. A mensagem para quem quer se manter competitivo é simples: aprender a usar inteligência artificial não é mais um diferencial técnico, mas uma necessidade estratégica.
