A Geração Z, composta por jovens nascidos entre meados dos anos 1990 e início dos anos 2010, tem uma relação particular com as redes sociais e o mundo digital. Um estudo realizado pela Waffle aponta que 38% dos membros dessa geração passam entre 4 e 7 horas diárias nas redes sociais, com o Instagram sendo a plataforma favorita de 85% dos entrevistados, seguida pelo WhatsApp (83%) e YouTube (41%). Apesar do uso intenso dessas plataformas, a privacidade é uma preocupação importante para esses jovens, com 49% dos participantes expressando receios sobre a segurança de seus dados pessoais.
Esse receio reflete-se no comportamento digital dos zoomers, pois muitos preferem manter perfis “grid zero”, ou seja, consomem conteúdo sem publicá-lo, e outros utilizam “finstas”, contas privadas no Instagram. Esses dados sugerem que a Geração Z busca um maior controle sobre sua vida digital, demonstrando um consumo mais passivo de conteúdo e um cuidado com a exposição pessoal.
Além disso, o estudo destacou que 21% dos jovens relataram experiências negativas associadas ao uso de redes sociais, como ansiedade, estresse e comparações com outras pessoas. Cerca de 48% afirmaram sentir ansiedade, mesmo sem um diagnóstico formal, enquanto 29% foram diagnosticados com transtornos de ansiedade. A solidão também aparece como uma preocupação significativa para essa geração, o que explica sua busca por conexões pessoais mais autênticas, mesmo em um cenário digital altamente ativo.
Outro aspecto importante observado é que, apesar do tempo que passam nas redes, 66% dos jovens priorizam relacionamentos familiares, amizades e parcerias amorosas como aspectos centrais em suas vidas. Além disso, 53% manifestaram o desejo de ter filhos no futuro, e 31% têm o objetivo de casar, ainda que 27% só considerem o casamento se encontrarem a pessoa ideal. Esses dados mostram uma abordagem mais reflexiva e cautelosa em relação a compromissos duradouros.
De forma geral, o estudo revela que, embora a Geração Z esteja fortemente conectada ao mundo digital, eles dão grande importância às conexões humanas. O equilíbrio entre o mundo online e offline é uma prioridade, com os jovens dessa geração valorizando cada vez mais a privacidade, o controle sobre suas vidas digitais e as relações reais.