Escolher a roupa certa ou a maquiagem perfeita pode parecer simples, mas traduzir uma ideia visual em uma compra online ainda é um desafio para muita gente. Pensando nisso, o Google Shopping está apostando em inteligência artificial para encurtar esse caminho entre desejo e produto. A novidade permite que o usuário descreva em detalhes uma peça que imagina (como “blazer oversized azul com botões dourados”) e receba sugestões visuais únicas criadas por IA, junto com links para itens similares que podem ser comprados na hora. Essa função, chamada “Criar e comprar”, transforma a busca por moda e beleza em uma experiência muito mais criativa e intuitiva.
A solução é baseada em uma combinação entre IA generativa e o Gráfico de Compras do Google, um banco de dados com bilhões de produtos atualizados em tempo real. Com isso, a plataforma responde não apenas com resultados já existentes, mas também com composições visuais inéditas, geradas a partir da descrição do usuário. Segundo o próprio Google, mais da metade das consumidoras já enfrentaram dificuldade em encontrar uma peça específica mesmo sabendo exatamente o que queriam. A nova ferramenta resolve isso com sugestões visualmente semelhantes, criando uma ponte entre a visão estética pessoal e o varejo digital.
No segmento de beleza, a inovação também avança com a ajuda da realidade aumentada. Ao pesquisar termos como “maquiagem de verão” ou “visual fresh com brilho”, o Google Shopping exibe opções de produtos aplicados em tempo real ao rosto do usuário, com base em looks de celebridades e tendências atuais. A tecnologia, alimentada pelo Gemini, permite testar combinações completas (batom, blush, sombra e delineador) diretamente do celular, de forma rápida e realista. O recurso ajuda quem compra a tomar decisões mais seguras, ao ver como o produto se comporta em diferentes tons de pele e formatos de rosto.
Para os usuários, a sensação é de ter um consultor de estilo embutido na própria pesquisa, capaz de interpretar referências subjetivas e transformá-las em opções reais. Nesse cenário, o futuro das compras não é só mais inteligente: é também mais sensível ao gosto individual.