Autoimagem: como o marketing influencia a percepção de beleza

Segundo o estudo “Sem Cabimento”, da consultoria Dubu, 79% das mulheres brasileiras sentem que são discriminadas por sua aparência, o que aponta que a pressão estética afeta suas percepções e comportamentos.

Além de sentimentos de vergonha e tristeza, o levantamento revela que 37% dos brasileiros evitam a exposição pública, com as redes sociais sendo um fator determinante nas gerações mais jovens. A pesquisa destaca diferenças entre as gerações Y e Z: enquanto a Geração Y evita mais a exposição pública e relata tristeza, a Geração Z sente maior pressão para se conformar a padrões estéticos, muitas vezes idealizados.

O estudo também explora o impacto do marketing na construção dessas percepções. A pesquisa aponta que 86% dos entrevistados acreditam que as marcas desempenham um papel importante na forma como as pessoas veem a si mesmas, e essa corresponsabilidade das marcas na manutenção de padrões estéticos exige que empresas revisem suas abordagens de comunicação e publicidade. A criação de campanhas e produtos que promovam diversidade e inclusão pode ajudar a reduzir esses padrões e valorizar diferentes tipos de beleza e identidade.

A comparação entre homens e mulheres sobre a forma como percebem seus corpos revela uma diferença significativa. Enquanto 37% das mulheres afirmam evitar a exposição pública devido à aparência, essa porcentagem cai para 27% entre os homens. O sentimento de tristeza ao pensar na própria aparência é mais comum entre as mulheres (19% contra 5% dos homens), assim como a pressão para atender a padrões estéticos (17% entre as mulheres e 5% entre os homens).

O estudo reforça que as marcas possuem um papel crucial na construção de uma nova narrativa sobre imagem e aparência. Ou seja, a responsabilidade social das empresas é essencial para transformar a maneira como as pessoas se percebem e garantir que todos se sintam representados. Esse posicionamento pode beneficiar a sociedade, promovendo uma imagem mais positiva e realista da aparência física e ajudando a reduzir o impacto negativo da pressão estética na saúde mental, especialmente entre as mulheres.